sábado, 21 de março de 2009

Protocolos de Routing III

Protocolos de routing são divididos em dois grupos gerais:
· Protocolos internos;
· Protocolos externos.


Protocolos internos são aqueles utilizados para comunicação entre routers de um mesmo sistema independente. Na terminologia TCP/IP, os sistemas independentes são chamados de sistemas autónomos (AS - autonomous systems). Em sistemas autónomos, informações são trocadas através do protocolo interno escolhido pelo administrador do sistema autónomo. Existem vários protocolos internos, como por exemplo RIP, OSPF e EIGRP.
  • Rounting Information Protocol (RIP) é o protocolo interno mais comum. RIP selecciona a rota com o menor "hop count" (métrica) como a melhor rota. O Hop count representa o número de gateways através do qual os dados devem passar para chegar ao destino. RIP assume que a melhor rota é a que utiliza o menor número de gateways. Esta forma de escolher a melhor rota algumas vezes é chamado de estado distance-vector. Este protocolo é baseado no algoritmo Bellman-Ford. O caminho mais longo que RIP aceita são 15 hops. Se a métrica de uma rota é maior que 15, RIP considera o destino unreachable e descarta a rota. Por isso, RIP não pode ser utilizado em sistemas autónomos onde as rotas ultrapassam 15 hops. Além disso, RIP assume que o menor caminho é o melhor, sem considerar o congestionamento da rede.

  • O Open Shortest Path First (OSPF) é um protocolo de encaminhamento para redes que operem com protocolo IP. Baseado no estado Shortest Path First (menor rota primeiro), e também baseado no algoritmo de Dijkstra, nome de seu criador, o OSPF foi criado para substituir o protocolo RIP, porque este apresentava diversos problemas e limitações para operar satisfatoriamente numa rede de grande porte. Embora possua inúmeros detalhes de implementação e configuração, o princípio de routing do OSPF é relativamente simples. Ao invés de manter uma tabela com todas as rotas possíveis (como faz o protocolo RIP), cada nó (router) OSPF contém dados sobre todos os links da rede. Cada entrada da tabela de router OSPF contém um identificador de interface, um número do link e uma distância ou custo (este último pode ser atribuído pelo administrador da rede). Com todas essas informações, cada nó possui uma visão da topologia da rede e pode, dessa forma, descobrir sozinho qual é a melhor rota para um dado destino, por isso, este protocolo é do tipo Link-State.
    Caso ocorra uma alteração num dos links de rede, os nós adjacentes avisam os seus vizinhos. Esses, por sua vez, verificam o número da mensagem ou a hora no cabeçalho do pacote OSPF para saberem se este aviso é novo ou velho. Se o aviso for novo, é feita a verificação da existência da entrada. Caso ela não exista, é adicionada à tabela de roteamento. Se a entrada já existir, são comparados os números da mensagem recebida com a entrada existente na tabela de routing. Se o número da mensagem recebida for maior que a entrada existente, a entrada é substituída, caso contrário, a entrada da tabela é transmitida como uma nova mensagem. Se os números forem iguais, o nó não executa nenhuma acção.

  • Enhanced Interior Gateway Protocol (EIGRP) protocolo avançado de routing por vetor da distância proprietário da Cisco. O EIGRP representa uma evolução do seu antecessor IGRP. Essa evolução resultou de modificações das redes e das demandas de diferentes internetworks de grande escala. O EIGRP integra as capacidades de protocolos de estado de link em protocolos vetor de distância. Daí, ser considerado um algoritmo híbrido. O protocolo EIGRP proporciona compatibilidade e interoperação direta com os routers IGRP. Um mecanismo de redistribuição automática permite que os routers IGRP sejam incorporados para EIGRP e vice-versa, possibilitando assim, adicionar gradualmente o EIGRP a uma rede IGRP existente.
    As principais capacidades que diferenciam o EIGRP de outros protocolos de routing incluem a convergência rápida, o suporte à máscara de sub-rede de comprimento variável, o suporte a atualizações parciais e o suporte a vários protocolos da camada de rede. Um router a realizar o protocolo EIGRP armazena todas as tabelas de routing dos seus vizinhos, de forma a permitir uma adaptação rápida para rotas alternativas. Se nenhuma rota apropriada existir, o EIGRP examinará seus vizinhos para descobrir uma rota alternativa. Essas consultas propagam-se até uma rota alternativa ser encontrada. O seu suporte a máscaras de sub-rede de comprimento variável permite que as rotas sejam resumidas automaticamente no limite de um número de rede. Além disso, o protocolo EIGRP não realiza actualizações periódicas. Ao contrário, ele somente envia actualizações parciais quando é modificada a medida referente a uma rota. A propagação das actualizações parciais é vinculada automaticamente, para que apenas os routers que precisam das informações sejam actualizados. Como resultado dessas duas capacidades, o EIGRP consome, de maneira significativa, menos largura de banda do que o protocolo IGRP.
    Ao incluir suporte para IP, essa implementação redistribui as rotas aprendidas a partir do OSPF, do protocolo de informações de routing (RIP), IS-IS, protocolo de gateway externo (EGP) ou protocolo de gateway de borda (BGP).




Ainda existem os protocolos IGRP (Interior Gateway Routing Protocol - anterior a EIGRP) e IS-IS (Intermediate System-to-Intermediate System), do tipo Distance-Vector e tipo Link-State, respectivamente.

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